publicadao na folha on line em 13/10/2008 - 15h50 reportagem de CAROLINA FARIAS
Criminosos invadiram nesta segunda-feira um prédio nos Jardins, em São Paulo, e fizeram um arrastão em cinco dos 12 apartamentos --um por andar. Moradores foram rendidos, e os assaltantes levaram dinheiro, jóias e equipamentos eletrônicos. Segundo uma vítima, o grupo --formado por cerca de dez homens-- buscava, principalmente, dólares. Um suspeito foi detido. De acordo com o boletim de ocorrência, sete homens realizaram o assalto. A Polícia Civil investigará se houve participação de funcionários do prédio.
O prédio, localizado na alameda Campinas, possui 15 câmeras de segurança, mas elas estão sem funcionar desde a última quarta-feira (8).
De acordo com relatos das vítimas, por volta das 5h30, um homem se aproximou e, com um bilhete em mãos, dizia que passaria por treinamento para trabalhar na limpeza do prédio. Ele, então, rendeu o porteiro e liberou o acesso ao condomínio do restante do grupo --os criminosos usavam um Siena e um Gol, ambos pretos.
Uma moradora, de 53 anos e que preferiu não se identificar, afirma que acordou com dois assaltantes armados já dentro de seu apartamento. Segundo ela, os criminosos estavam calmos e pediam, principalmente, por dólares. A vítima afirma que foram levados dois notebooks, celulares e jóias, em um prejuízo estimado por ela em R$ 1 milhão.
Reféns
Após a entrada dos criminosos no edifício, um dos assaltantes assumiu o posto do porteiro. Ele obrigou o funcionário da portaria a trocar de roupas com ele e tomou seu lugar. Quando os moradores saíam, eram rendidos pelos criminosos.
As vítimas disseram que foram foram levados para uma sala na garagem do edifício. Já boletim de ocorrência mostra que as vítimas ficaram presas nos próprios apartamentos.
Vítimas ouvidas pela Folha Online afirmam que os criminosos pareciam ter conhecimento da rotina do prédio e de alguns moradores.
Os assaltantes estavam armados com pistolas e metralhadoras e usavam um rádio para a comunicação entre eles.
O caso foi registrado no 78º DP (Jardins). Um homem foi preso pela Polícia Militar como suspeito de integrar o bando.
"Eles tinham muita informação [sobre o edifício] e sabiam que as câmeras estavam desligadas. Não se preocuparam em mostrar o rosto. Somente dois usavam máscaras. Tudo indica que tiveram a colaboração de alguém", afirmou o delegado-titular do 78º DP, José Roberto Pedroso.
Preso
Anailton Miranda, 24, foi preso na fuga, segundo a Polícia Militar. O carro onde ele estava, o Gol preto, foi seguido pela PM. Ao chegar em na esquina da rua Joaquim Eugênio de Lima com a avenida Paulista, o carro parou e dois homens saíram do veículo. A PM conseguiu prender Miranda, que nega ter participado do crime.
Segundo o delegado do 78º DP, todas as vítimas reconheceram Miranda, inclusive o porteiro, que afirmou que foi ele quem ficou na portaria vestido com suas roupas.
Miranda é foragido de uma penitenciária do Estado, em Lavínia (SP), desde a Páscoa, quando deixou a unidade em uma saída temporária.
O advogado do suspeito, Richard Ribeiro, disse que seu cliente foi confundido com um assaltante e que ele não participou do crime.
Segundo o delegado, Miranda era condenado, no total, a 13 anos de prisão por roubo, formação de quadrilha, receptação e falsificação de documento. Ele foi indiciado por roubo, falsificação de documento --ele apresentou uma identidade falsa-- e formação de quadrilha.
O prédio, localizado na alameda Campinas, possui 15 câmeras de segurança, mas elas estão sem funcionar desde a última quarta-feira (8).
De acordo com relatos das vítimas, por volta das 5h30, um homem se aproximou e, com um bilhete em mãos, dizia que passaria por treinamento para trabalhar na limpeza do prédio. Ele, então, rendeu o porteiro e liberou o acesso ao condomínio do restante do grupo --os criminosos usavam um Siena e um Gol, ambos pretos.
Uma moradora, de 53 anos e que preferiu não se identificar, afirma que acordou com dois assaltantes armados já dentro de seu apartamento. Segundo ela, os criminosos estavam calmos e pediam, principalmente, por dólares. A vítima afirma que foram levados dois notebooks, celulares e jóias, em um prejuízo estimado por ela em R$ 1 milhão.
Reféns
Após a entrada dos criminosos no edifício, um dos assaltantes assumiu o posto do porteiro. Ele obrigou o funcionário da portaria a trocar de roupas com ele e tomou seu lugar. Quando os moradores saíam, eram rendidos pelos criminosos.
As vítimas disseram que foram foram levados para uma sala na garagem do edifício. Já boletim de ocorrência mostra que as vítimas ficaram presas nos próprios apartamentos.
Vítimas ouvidas pela Folha Online afirmam que os criminosos pareciam ter conhecimento da rotina do prédio e de alguns moradores.
Os assaltantes estavam armados com pistolas e metralhadoras e usavam um rádio para a comunicação entre eles.
O caso foi registrado no 78º DP (Jardins). Um homem foi preso pela Polícia Militar como suspeito de integrar o bando.
"Eles tinham muita informação [sobre o edifício] e sabiam que as câmeras estavam desligadas. Não se preocuparam em mostrar o rosto. Somente dois usavam máscaras. Tudo indica que tiveram a colaboração de alguém", afirmou o delegado-titular do 78º DP, José Roberto Pedroso.
Preso
Anailton Miranda, 24, foi preso na fuga, segundo a Polícia Militar. O carro onde ele estava, o Gol preto, foi seguido pela PM. Ao chegar em na esquina da rua Joaquim Eugênio de Lima com a avenida Paulista, o carro parou e dois homens saíram do veículo. A PM conseguiu prender Miranda, que nega ter participado do crime.
Segundo o delegado do 78º DP, todas as vítimas reconheceram Miranda, inclusive o porteiro, que afirmou que foi ele quem ficou na portaria vestido com suas roupas.
Miranda é foragido de uma penitenciária do Estado, em Lavínia (SP), desde a Páscoa, quando deixou a unidade em uma saída temporária.
O advogado do suspeito, Richard Ribeiro, disse que seu cliente foi confundido com um assaltante e que ele não participou do crime.
Segundo o delegado, Miranda era condenado, no total, a 13 anos de prisão por roubo, formação de quadrilha, receptação e falsificação de documento. Ele foi indiciado por roubo, falsificação de documento --ele apresentou uma identidade falsa-- e formação de quadrilha.