Vítimas de um arrastão no condomínio Itatinga, residencial de alto padrão na zona norte de São Paulo, reconheceram por foto 10 dos 11 suspeitos presos nesta manhã pela polícia. Segundo agentes da 4ª Delegacia Seccional de São Paulo, chegaram a ser detidos 15 suspeitos, mas quatro terão de ser soltos por não terem sido reconhecidos nem presos em flagrante.
O delegado titular do setor de investigações gerais da seccional, Ismael Rodrigues, afirmou que as buscas seguem para localizar outros 19 participantes do assalto que ocorreu nos dias 10 e 11 deste mês, já que testemunhas apontam a participação de 30 homens. Nesta sexta-feira, os suspeitos foram localizados no bairro Jardim Peri Alto, na zona norte, em um conjunto habitacional.
Segundo a titular da 4ª seccional, Elisabete Ferreira Sato, filmagens levaram à expedição de pelo menos cinco mandados de prisão temporária. Em dois apartamentos foram encontrados duas TVs de alta definição, aparelhos eletrônicos, dois notebooks, dinheiro e uma pistola.
De acordo com a delegada, mais de 80 homens participaram da operação. "Não descartamos a possibilidade da participação de funcionários do condomínio na ação criminosa", disse a delegada.
O delegado Rodrigues afirmou que os suspeitos presos eram moradores de uma favela ao lado do residencial assaltado. Segundo ele, cada um dos suspeitos recebeu R$ 7,3 mil pela participação no assalto. Os mandantes, afirmou Rodrigues, são suspeitos conhecidos como Marrom e Tio Chico. Os presos têm idades entre 25 e 31 anos. Todos constituíram advogados de defesa e apresentam álibis variados.
"Foi um trabalho de campo de 15 dias, há 15 dias que eu não saio da favela", disse Rodrigues.
Redação Terra