16 março 2009

Curso de porteiro sugere blindagem e regras para evitar arrastão

por Roney Domingos Do site G1, em São Paulo

Florival Ribeiro, do Secovi, ensina profissonal a não resistir caso rendido.Para ele, prevenção deve prever investimento e normas claras para todos.

'Segurança é chata e feia, mas todos querem', afirma consultor Florival Ribeiro, do Secovi
Ex-policial militar e consultor do Secovi, o sindicato da indústria imobiliária em São Paulo, o professor de direito Florival Ribeiro abre seu curso sobre segurança para porteiros com uma regra clara: "a função dos senhores é detectar [o perigo], dificultar [a entrada do criminoso] e avisar [caso o intruso entre no condomínio]. Se o porteiro for rendido, a 'casa caiu'", afirma. Para evitar a rendição de porteiros, fato cada vez mais comum nos 40 mil condomínios paulistanos, Ribeiro sugere blindar o profissional, primeiro contra eventuais tiros de fuzil e, depois, contra moradores e visitantes que insistem em não cumprir regras de segurança. "Quanto mais regra tiver, mais o condomínio é seguro", afirma. "Segurança é feia e é chata, mas todo mundo quer."

O professor esclarece que em 98% dos casos, os bandidos entram nos edifícios pela garagem ou pela portaria, mas orienta seus alunos porteiros a não resistir caso estejam sob a mira de uma arma. Para ele, é possível agir antes disso, para evitar que o criminoso se aproxime.

A cabine blindada, por exemplo, deve ser equipada com câmera de segurança de qualidade interligada aos apartamentos para permitir aos moradores perceber qualquer problema. Também faz bem para a segurança do condomínio ter portões mais rápidos e iluminação adequada.