do site G1 em 02 de março de 2009
Segundo moradora, assaltantes foram educados durante todo tempo.Ela contou que teve todas as joias roubadas pela quadrilha.
Uma das vítimas do prédio invadido na manhã desta segunda-feira (2) por uma quadrilha em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, disse que os assaltantes “eram profissionais”. A advogada de 46 anos, que não quis se identificar, relatou que os integrantes do bando foram educados durante todo tempo e que estavam com roupas esportivas, “mas bem vestidos”.
“Na minha opinião, eles eram muito profissionais e profissionalizados. Quando me abordaram, na saída de serviço do prédio, eles já me disseram: ‘quero dólar e quero dinheiro’. Eu disse que não tinha nenhum dos dois. Daí ele falou: ‘Você está pensando o quê? Você paga mil reais por mês (de condomínio).’ Eu apenas respondi que pagava, mas era com o fruto do meu trabalho”, relatou a advogada.
A advogada, que mora no primeiro andar do edifício localizado na Rua Piracurama, contou que foi abordada por um dos integrantes da quadrilha às 6h40, quando desceu com o filho para que ele fosse levado para a escola. “Quando voltei e o porteiro não abriu a porta da guarita senti que havia algo estranho acontecendo. Na portaria de serviço, um homem me abordou e mandou eu ficar calma. Nos levaram para o hall de entrada do prédio e, em seguida, começaram a subir para os apartamentos”, disse.
Segundo ela, três homens invadiram o seu apartamento, mas ela reconheceu que havia mais integrantes da quadrilha. “Eu vi uns 12 homens, mais ou menos, mas creio que tinha bem mais. Não dá para afirmar com certeza. Pelo menos um deles tinha uma metralhadora, daquelas pequenas”, descreveu.
Por morar no primeiro andar, ela acreditava que acabou saindo mais no prejuízo em relação aos demais moradores do prédio. “Foi um dos primeiros que invadiram e, por isso, tiveram mais tempo para revirar tudo. Eles achavam que tinha um cofre no apartamento, mas minhas joias estavam todas em uma gaveta. Levaram tudo o que eu tinha”, lamentou.
De acordo com a advogada, foi o primeiro roubo que sofreu neste prédio. Apesar disso, o susto foi grande. “Eu tive um branco. Eu pedi a Deus que só fossem levados os bens materiais. E ficava tentando tranquilizar o meu filho”, disse. Depois dos roubos aos apartamentos, as vítimas eram trancadas no salão de festas do prédio.
“Eles ficaram no prédio das 6h40 até cerca de 8h20. Eles estavam com prancheta, anotando itens. E havia um rádio, mas não sei dizer se estavam monitorando a polícia. Mas eles eram bem organizados, com certeza”, insistiu, ao finalizar.
No 23º DP, em Perdizes, várias outras vítimas aguardavam para dar queixa e prestar depoimento, mas evitaram dar entrevistas ou contar detalhes da ação para a imprensa. Um senhor que também não quis se identificar contou apenas que mora no prédio há mais de 20 anos e que esta foi a primeira vez que ocorreu um assalto. “Vou continuar a morar no mesmo lugar. Como dizem, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar”, afirmou, tentando descontrair um pouco.
Porteiro rendido
Segundo a Polícia Militar, cerca de 30 assaltantes participaram do crime. De acordo com a Polícia Civil, entretanto, o número de envolvidos não passa de 12.
De acordo com a PM, a ação ocorreu por volta das 6h30. Os criminosos renderam o porteiro do prédio e entraram no local.
O alarme do prédio soou, e uma patrulha da PM que estava na região foi até o local. Ao perceber a aproximação dos policiais, os assaltantes, que já iniciavam a fuga, efetuaram disparos, segundo a PM. Houve troca de tiros e um suspeito ficou ferido. De acordo com a Polícia Civil, o homem morreu e três de seus companheiros foram presos.
Os outros criminosos conseguiram fugir levando pertences dos moradores. De acordo com a PM, a ação foi rápida e durou de 20 a 30 minutos. A Polícia Civil informou que nove apartamentos foram invadidos e que ela ainda apura o que foi roubado.
Segundo a PM, o porteiro do prédio informou que pelo menos três carros foram usados no crime. Nenhum morador ficou ferido. O caso foi encaminhado para o 23º Distrito Policial (Perdizes).
Uma das vítimas do prédio invadido na manhã desta segunda-feira (2) por uma quadrilha em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, disse que os assaltantes “eram profissionais”. A advogada de 46 anos, que não quis se identificar, relatou que os integrantes do bando foram educados durante todo tempo e que estavam com roupas esportivas, “mas bem vestidos”.
“Na minha opinião, eles eram muito profissionais e profissionalizados. Quando me abordaram, na saída de serviço do prédio, eles já me disseram: ‘quero dólar e quero dinheiro’. Eu disse que não tinha nenhum dos dois. Daí ele falou: ‘Você está pensando o quê? Você paga mil reais por mês (de condomínio).’ Eu apenas respondi que pagava, mas era com o fruto do meu trabalho”, relatou a advogada.
A advogada, que mora no primeiro andar do edifício localizado na Rua Piracurama, contou que foi abordada por um dos integrantes da quadrilha às 6h40, quando desceu com o filho para que ele fosse levado para a escola. “Quando voltei e o porteiro não abriu a porta da guarita senti que havia algo estranho acontecendo. Na portaria de serviço, um homem me abordou e mandou eu ficar calma. Nos levaram para o hall de entrada do prédio e, em seguida, começaram a subir para os apartamentos”, disse.
Segundo ela, três homens invadiram o seu apartamento, mas ela reconheceu que havia mais integrantes da quadrilha. “Eu vi uns 12 homens, mais ou menos, mas creio que tinha bem mais. Não dá para afirmar com certeza. Pelo menos um deles tinha uma metralhadora, daquelas pequenas”, descreveu.
Por morar no primeiro andar, ela acreditava que acabou saindo mais no prejuízo em relação aos demais moradores do prédio. “Foi um dos primeiros que invadiram e, por isso, tiveram mais tempo para revirar tudo. Eles achavam que tinha um cofre no apartamento, mas minhas joias estavam todas em uma gaveta. Levaram tudo o que eu tinha”, lamentou.
De acordo com a advogada, foi o primeiro roubo que sofreu neste prédio. Apesar disso, o susto foi grande. “Eu tive um branco. Eu pedi a Deus que só fossem levados os bens materiais. E ficava tentando tranquilizar o meu filho”, disse. Depois dos roubos aos apartamentos, as vítimas eram trancadas no salão de festas do prédio.
“Eles ficaram no prédio das 6h40 até cerca de 8h20. Eles estavam com prancheta, anotando itens. E havia um rádio, mas não sei dizer se estavam monitorando a polícia. Mas eles eram bem organizados, com certeza”, insistiu, ao finalizar.
No 23º DP, em Perdizes, várias outras vítimas aguardavam para dar queixa e prestar depoimento, mas evitaram dar entrevistas ou contar detalhes da ação para a imprensa. Um senhor que também não quis se identificar contou apenas que mora no prédio há mais de 20 anos e que esta foi a primeira vez que ocorreu um assalto. “Vou continuar a morar no mesmo lugar. Como dizem, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar”, afirmou, tentando descontrair um pouco.
Porteiro rendido
Segundo a Polícia Militar, cerca de 30 assaltantes participaram do crime. De acordo com a Polícia Civil, entretanto, o número de envolvidos não passa de 12.
De acordo com a PM, a ação ocorreu por volta das 6h30. Os criminosos renderam o porteiro do prédio e entraram no local.
O alarme do prédio soou, e uma patrulha da PM que estava na região foi até o local. Ao perceber a aproximação dos policiais, os assaltantes, que já iniciavam a fuga, efetuaram disparos, segundo a PM. Houve troca de tiros e um suspeito ficou ferido. De acordo com a Polícia Civil, o homem morreu e três de seus companheiros foram presos.
Os outros criminosos conseguiram fugir levando pertences dos moradores. De acordo com a PM, a ação foi rápida e durou de 20 a 30 minutos. A Polícia Civil informou que nove apartamentos foram invadidos e que ela ainda apura o que foi roubado.
Segundo a PM, o porteiro do prédio informou que pelo menos três carros foram usados no crime. Nenhum morador ficou ferido. O caso foi encaminhado para o 23º Distrito Policial (Perdizes).