Perguntas & Respostas
A melhor forma de agir com segurança durante um assalto é procurar manter a tranquilidade. Fugir, reagir, gritar ou irritar o criminoso pode colocar em risco a vida da vítima e de outras pessoas envolvidas. Para esclarecer a questão, o tenente Pedro Luiz, da Polícia Militar de São Paulo, chefe do setor de Análise Criminal do Comando de Policiamento da Capital dá algumas orientações básicas. Confira a seguir.
1. Como reagir ao ser abordado pelos criminosos?
A abordagem do assaltante é o momento mais delicado para as duas partes. Procurar demonstrar tranquilidade é a forma mais inteligente para prevenir eventuais hostilidades. O ser humano, enquanto vítima de violência, tem a percepção alterada pelo stress emocional, o que pode ser mortal, pois quase sempre os assaltantes agem em bandos.
2. Se eu estiver no carro, com o cinto de segurança, o que devo fazer?
Durante o assalto, a vítima deve sempre informar ao assaltante antes de realizar qualquer movimento com os braços. Qualquer pessoa que se aventura a travar um confronto armado considera que a mão do oponente é a principal fonte de perigo. Por isso, só mexa no cinto depois de ter a convicção de que o assaltante sabe o que você vai fazer.
3. Se meu carro estiver ligado, e não houver ninguém na minha frente, posso tentar uma fuga?
Não existem veículos automotores disponíveis no mercado que consigam atingir velocidade superior a de projéteis de arma de fogo. Portanto, a arrancada com veículo poderia produzir comportamento violento por parte do assaltante.
4. Grito por socorro ou me rendo?
O grito pode operar como detonador de uma reação indesejada por parte do assaltante. O ideal seria se a vítima conseguisse agir com tranquilidade suficiente e tentar gravar na memória as características físicas do assaltante, meio e direção utilizada para a fuga. Isso facilitaria o trabalho posterior de captura dos criminosos pela Polícia.
5. Se eu estiver em um sequestro relâmpago, devo mentir a senha do meu cartão?
Os bancos já adotam uma série de políticas de segurança envolvendo o uso de cartões para minimizar os prejuízos provocados por eventuais assaltos. Uma vez que a vítima se encontre em um caso do sequestro relâmpago, o uso desta artimanha (mentir a senha) só potencializa eventuais hostilidades.
6. Se o assaltante fizer perguntas sobre a minha vida, devo falar a verdade?
Agir com tranquilidade é sempre a melhor opção. Tentar agir de acordo com protocolos decorados pode operar como complicador numa situação de alto nível de stress. Sobre essa questão, as quadrilhas especializadas em crimes patrimoniais complexos (sequestro, por exemplo), não praticam assaltos como modo de obter informações da vítima.
7. Durante o assalto, posso puxar conversa com o ladrão ou é melhor ficar quieto?
É importante ter em mente que o assaltante tem objetivos claros. Forçar uma conversa com o assaltante pode ser interpretado como uma tentativa de assumir o controle da situação. Portanto, só fale quando for perguntado.