matéria do site G1, com informações do SPTV , publicada em 26 de agosto
"Arrastão na Zona Oeste terminou com três suspeitos mortos.Grupo de trabalho irá concentrar informações sobre os casos.
Uma delegacia especializada em roubos e furtos a condomínios irá investigar a invasão ao prédio na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, ocorrida nesta terça-feira (25). Após a chegada da Polícia Militar ao edifício localizado na Rua Croata, três suspeitos morreram e outros seis foram presos. Ao menos 20 pessoas que vivem no prédio foram abordadas pelos suspeitos.
Anunciada na semana passada, a delegacia é vinculada à Divisão de Crimes contra o Patrimônio do Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic). De acordo com o delegado Waldomiro Milanesi, o grupo de trabalho irá concentrar as informações sobre os casos. Desde a criação, dois suspeitos de participação em outros roubos foram identificados, segundo ele.
Para o delegado, os condôminos precisam contribuir para evitar casos como o ocorrido na Lapa. “É importante que cada morador contribua para que seu sigilo pessoal não seja quebrado”, afirmou, acrescentando que, em caso de desaparecimento de uma chave, por exemplo, é fundamental avisar também o condomínio, além das autoridades. “Cada um fazendo a sua segurança, não só deixando para o condomínio, vai se facilitar bastante a prevenção”.
Pânico
Moradores do prédio invadido por assaltantes armados relataram momentos de pânico durante a ocorrência. As pessoas que conversaram com o G1, em condição de anonimato, afirmaram que a invasão ocorreu pouco depois das 19h. “Não sei o que aconteceu. Só sei que levei uma pancada e apaguei”, contou o porteiro do prédio. Os moradores disseram acreditar que o grupo entrou pela garagem, utilizando um controle remoto.
Ao menos 20 pessoas foram abordadas pelos suspeitos. “Acho que eram uns 15 bandidos”, disse um engenheiro de 35 anos. A abordagem era feita de duas maneiras: pela garagem e nos próprios apartamentos. Um vendedor de 33 anos foi pego às 19h45, quando chegava em casa. “Eles estavam tranquilos. Apenas me levaram até a escada entre o primeiro e o segundo subsolo”, disse. Outras vítimas eram pegas na porta de seus apartamentos. É o caso do engenheiro. “Tinha me despedido de minha mãe, que tinha me visitado, e, em seguida, eles tocaram minha campainha.” Ao abrir a porta, foi abordado por dois suspeitos armados. “Eles queriam dinheiro e coisas fáceis de carregar, como relógios, joias e laptop.”