publicado no site ALAGOAS 24 horas no dia 09 de janeiro por Flávia Duarte
Clientes que precisam sacar altas quantias em instituições bancárias da capital alagoana estão cada vez mais preocupados e vulneráveis com o registro constante de inúmeros assaltos realizados na porta dos bancos, a conhecida ‘saidinha’.
A pedido do Alagoas24horas, o tenente-coronel Luiz Bugarin, que é consultor em segurança privada e especialista em segurança empresarial e de autoridades, listou algumas orientações que podem evitar o assalto ou, pelo menos, minimizar os prejuízos materiais.
A primeira orientação do consultor é que o cliente vá ao banco sempre acompanhado por uma ou duas pessoas do sexo masculino. Segundo Bugarin, mulheres e idosos costumam ser as vítimas preferenciais dos assaltantes.
“A pessoa também deve evitar colocar o dinheiro em bolsas, pastas, valises, sacolas ou pacotes, que chamam a atenção. Sugiro que, após o saque, o cliente vá a um local que fique fora da visão de um provável assaltante, como um banheiro, e distribua o dinheiro em bolsos diferentes, na bolsa e com os outros acompanhantes”, orienta.
Ele acrescenta que o criminoso busca facilidade acima de tudo. “Se ele perceber que uma vítima em potencial está acompanhada e saiu de seu campo de visão, a tendência é que busque outra vítima, com menor grau de dificuldade”.
Dependendo do valor sacado, o cliente tem o direito de realizar o saque em um local reservado, diretamente com o gerente. “Nestes casos o cliente também pode e deve estar acompanhado”.
Observador
Bugarin afirma que, em geral, o assaltante que está do lado de fora não age sozinho, sempre tem um comparsa dentro do banco se passando por cliente, mas observando tudo o que acontece. “Quando o comparsa identifica uma possível vítima, passa as informações para quem está fora, seja por celular ou gestos”, diz Bugarin, acrescentando que eles agem rapidamente e fogem em motocicleta ou a pé.
O consultor disse que, como não existe um perfil definido para os assaltantes, já que eles se vestem de forma a não se destacar dos demais clientes, é importante ficar de olho naquelas pessoas ‘observadoras’, que parecem estar no banco ‘a passeio’.
Segurança
Bugarin defende que as instituições bancárias têm obrigação de monitorar, em tempo real, a movimentação dentro da agência, o que ajudaria a evitar ou minimizar a ‘saidinha’, cabendo também aos vigilantes a responsabilidade de estar atento a qualquer atitude suspeita.
Com relação à segurança pública, para minimizar os assaltos deste tipo é preciso aumentar o número de viaturas e policiais nas proximidades de instituições bancárias e lojas de grande movimento.
“A principal orientação é, independente do valor sacado, não reagir ao assalto. Um cidadão comum não tem preparo físico, psíquico e técnico para reagir e deve preservar seu maior bem: a vida”, finaliza.